sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Kátia Abreu e Caiado disputam a presidência do DEM

Kátia Abreu e Caiado disputam a presidência do DEM

Resultado definirá futuro do 2º maior partido da 'oposição'
Grupo de Gilberto Kassab trama aproximar-se do governo
Ala de Rodrigo Maia tenta se manter  distante  do Planalto
Embate final ocorrerá em convenção marcada para março

  Fotos: Divulgação/Folha e ABrLonge dos refletores, o DEM deflagrou uma guerra interna que pulverizou a tentativa de obter pela via da negociação a unidade partidária.

Parceira de infortúnio do PSDB, a segunda maior legenda da oposição balança entre a resistência ao petismo e a Dilma Rousseff e a aproximação com o governo.

Numa tentativa de contemporizar as divergências, os dois grupos negociavam uma troca consensual do comando do partido.

Sob críticas do prefeito paulistano Gilberto Kassab, o deputado Rodrigo Maia (RJ) seria substituído na presidência do DEM pelo senador José Agripino Maia (RN).

Súbito, com o apoio de Jorge Bornhausen, presidente de honra do DEM, Kassab e sua turma deflagraram, sem alarde, um movimento fora do script.

Começaram a recolher assinaturas para fazer da senadora Kátia Abreu (TO) a nova presidente da legenda.

Ao farejar o cheiro de queimado, a ala de Rodrigo Maia pôs-se a articular o nome do deputado Ronaldo Caiado (GO).

Informado sobre o movimento dos dois destacamentos, Agripino Maia tomou distância da infantaria.

Líder do DEM no Senado, Agripino avisara que não aceitaria a “missão” de presidir a agremiação senão por “consenso”.

O primeiro tiro foi disparado pela tropa de Kassab. Acompanhada de Paulo Bornhausen (SC), Katia fez uma incursão na cidade de Goiânia.

Trata-se de um território de Caiado, que preside o DEM em Goiás. O deputado encontrava-se doente, em São Paulo.

Caiado internara-se no hospital Sírio Libanês, para debelar uma infecção que o derrubara. Teve alta no dia 28 de dezembro.

Por ordem médica, permaneceu na capital paulista por mais 15 dias. Depois, seria informado sobre a natureza da investida de Kátia em sua seara.

A senadora e o filho de Jorge Bornhausen reuniram lideranças goianas do DEM para pedir-lhes que assinassem um documento.

Os signatários da peça autorizam a inclusão de seus nomes na chapa encabeçada por Kátia e apóiam a eleição do deputado Marcos Montes (MG) para líder na Câmara.

Abespinhado, Caiado articulou-se com Rodrigo Maia e outros expoentes de seu destacamento. Decidiram erguer barricadas.

Só nesta semana, Caiado já visitou três capitais nordestinas: Aracaju (SE), Recife (PE) e João Pessoa (PB).

Viaja acompanhado do próprio Rodrigo Maia e de dois ‘demos’ baianos: ACM Neto e José Carlos Aleluia.

Na peregrinação, o grupo avisa que, mantida a candidatura de Kátia Abreu, Caiado medirá forças com a ex-amiga.

De resto, empinam o nome de ACM Neto para líder na Câmara, contra Marcos Montes, o mineiro incensado por Kassab e pelos Bornhausen.

A batalha final se dará em 15 de março, data da convenção nacional extraordinária convocada por Rodrigo Maia para deliberar sobre sua sucessão.

A disputa pela liderança na Câmara, agendada para 31 de janeiro, servirá de teste para medir o poder de fogo dos dois pelotões rivais.

Em privado, Caiado resume a natureza do confronto: “Tem gente doida para levar o partido para o governo. Querem entrar pela porta dos fundos do Planalto”.

Deve-se a Kassab a inflexão governista. De olho no espólio de Orestes Quércia, o prefeito tramara a fusão do DEM com o PMDB. Não colou.

Tenta agora desbancar Rodrigo Maia e os aliados dele para desobstruir os canais de diálogo do DEM federal com Dilma, a sucessora de Lula.

Curiosamente, Kassab postou-se na sucessão presidencial ao lado do candidato derrotado José Serra (PSDB). Rodrigo Maia preferia outro tucano, Aécio Neves.

Outra curiosidade: Vice de Serra, o ‘demo’ Índio da Costa, cria de Cesar Maia, o pai de Rodrigo, entra na briga ao lado de Kátia Abreu, a candidata de Kassab.

Mais uma excentricidade: candidata do neogovernista Kassab, Kátia ganhou visibilidade nacional como coveira da CPMF.

Lula ainda traz atravessado na traquéia o sepultamento do tributo. Num comício de Santa Catarina, defendeu: é preciso extirpar o DEM da política brasileira.

Entre quatro paredes, os dois grupos prevêem: na guerra pela presidência do DEM, o grupo que prevalever irá asfixiar a ala derrotada.

Irremediavelmente dividido, o DEM esforça-se para converter o desejo de Lula em realidade. A legenda caminha para a autoextirpação.

( Lido na coluna Josias de Sousa, no blog folha.com)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

NATAL ALEGO

QUE TODOS TENHAM NATAL, BOM, ALEGRE, CHEIO DE PAZ E ALEGRIA, mesmo a gente sendo funcionários da alego...eita ferro neh!!!




























1

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Atividade parlamentar remunerada - verba indenizatória paga conta de motel



Foto tirada em 14 de abril de 2010, em sua cidade natal, Coelho Neto, MA
 Leandro Colon, O Estado de S.Paulo
O futuro ministro do Turismo no governo de Dilma Rousseff pediu à Câmara dos Deputados o ressarcimento por despesas em um motel de São Luís (MA).
Indicado pelo comando do PMDB e aliado de José Sarney, o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) apresentou uma nota fiscal de R$ 2.156,00 do Motel Caribe na prestação de contas da verba indenizatória de junho.
O motel fica a 20 quilômetros do centro de São Luís. A suíte mais cara, que leva o nome "Bahamas", tem garagem dupla e custa de R$ 98 (três horas) a R$ 392 (24 horas). Segundo a gerente do local, o deputado Pedro Novais alugou um quarto para fazer uma festa.
Ao Estado, o parlamentar admitiu que o dinheiro da Câmara foi usado para pagar um motel. Ele considerou o episódio um "erro".
Parlamentar do chamado "baixo clero" da Câmara - ou seja, com pequena influência política na Casa -, Pedro Novais, 80 anos, foi convidado por Dilma Rousseff no dia 7 de dezembro para o ministério após ser indicado pela cúpula do PMDB.
Como deputado, ele recebe, além do salário, R$ 32 mil mensais a título de "verba indenizatória" para arcar com despesas do mandato. Um dinheiro limpo, livre de impostos.
Para justificar parte das despesas dessa verba em junho, Novais entregou à Câmara a nota fiscal de número 7.058 do Hotel Pousada Caribe Ltda., razão social do Motel Caribe.
O endereço do CNPJ registrado na Receita Federal e na nota fiscal apresentada pelo deputado é a Rua da União, 16, Turú, São Luís, onde funciona o motel. Os parlamentares são obrigados a prestar contas dos gastos com verbas indenizatórias.
Em entrevista gravada pelo Estado, a gerente do Motel Caribe, que se identificou como Sheila, disse que o deputado Pedro Novais reservou uma suíte para uma festa naquela período.
"Ele é um senhor. Já frequentou aqui, conhece o dono daqui e reservou para um jantar que estava dando para os amigos. Foi à noite", disse. "Eu lembro. Era festa com bastante gente, uma comemoração que eles estavam fazendo. Eram vários casais, várias pessoas. A gente cobra por casal. E tinha muita gente, a suíte era uma das mais caras. Tem piscina, banheira, sauna, tem tudo", afirmou a gerente.
A reportagem ainda esteve no local e fez imagens da fachada e de um quarto do Motel Caribe. Na portaria, havia o anúncio de uma promoção de 20% de desconto, feijoada e almoço de graça. "Traga alguém para almoçar aqui", diz uma placa.
No local, há quartos chamados "Bahamas", "Cozumel", "Aruba", "Cancún" e "Margarita", todos em homenagem a ilhas do Caribe.
Logo na entrada uma placa anuncia "Bem-vindo às islas mais deliciosas do Caribe".
"Esse motel é antigo. Nunca funcionou como hotel. É motel", disse a gerente. Os preços de permanência variam de R$ 27 (suíte Aruba) a R$ 392 (Bahamas).
Pedro Novais foi reeleito em outubro para seu sexto mandato na Casa. Na última eleição, declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 6,3 milhões, dos quais R$ 3,3 milhões depositados em conta corrente em três bancos diferentes.
Sua escolha pelo PMDB foi uma surpresa porque Novais não circula pelo primeiro escalão do partido. O nome dele foi sugerido pelo deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e respaldado pelo grupo de José Sarney no Maranhão.
O escolhido de Dilma Rousseff para chefiar o Ministério do Turismo terá a missão de organizar uma pasta mergulhada em uma onda de denúncias de desvios de verba de emendas parlamentares destinada a shows e eventos culturais.
O Estado publicou uma série de reportagens mostrando o repasse irregular de emendas para programas da pasta a entidades de fachada.
O ministério ainda terá papel importante na organização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Além da despesa de R$ 2,1 mil em um motel, Pedro Novais gastou R$ 22 mil em diárias no Hotel Emiliano, um dos mais luxuosos de São Paulo, desde setembro do ano passado.
Ele apresentou R$ 5,1 mil em gastos nesse hotel só neste mês. Uma diária no Emiliano, segundo consulta feita ontem em seu site, custa, no mínimo, R$ 1 mil. Deputado pelo Maranhão, Pedro Novais vive no Rio de Janeiro.
 ( Lido  no blog do Noblat )

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


Confira 13 momentos da denúncia do procurador-geral que mostram José Dirceu no comando da quadrilha do mensalão

No depoimento em que escancarou as catacumbas do mensalão, o deputado Roberto Jefferson ordenou ao ministro José Dirceu que deixasse imediatamente a chefia da Casa Civil. “Rápido! Sai daí rápido, Zé!”, determinou o presidente do PTB em 14 de junho de 2005, diante da plateia de parlamentares aglomerada na sala da CPI dos Correios. Despejado do Planalto dias depois, Dirceu teria o mandato cassado em dezembro.
Passados cinco anos, Dirceu repete que foi vítima de uma vingança política da oposição e se proclama inocente. A esperteza do guerrilheiro de festim é implodida pela denúncia apresentada em 30 de março de 2006 pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, encampada quase integralmente no ano seguinte pelo ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal. Confira 13 momentos do histórico arrazoado em que aparece o nome de José Dirceu:
1)
A análise das movimentações financeiras dos investigados e das operações realizadas pelas instituições financeiras envolvidas no esquema demonstra que estes, fazendo tabula rasa da legislação vigente, mantinham um intenso mecanismo de lavagem de dinheiro com a omissão dos órgãos de controle, uma que possuíam o apoio político, administrativo e operacional de José Dirceu, que integrava o Governo e a cúpula do Partido dos Trabalhadores (…)
2)
O núcleo principal da quadrilha era composto pelo ex Ministro José Dirceu, o ex tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, o ex Secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores, Sílvio Pereira, e o ex Presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoíno. Como dirigentes máximos, tanto do ponto de vista formal quanto material, do Partido dos Trabalhadores, os denunciados, em conluio com outros integrantes do Partido, estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais e também de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira (…)
3)
As provas colhidas no curso do Inquérito demonstram exatamente a existência de uma complexa organização criminosa, dividida em três partes distintas, embora interligadas em sucessivas operações: a) núcleo central: José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira (…)
4)
Ante o teor dos elementos de convicção angariados na fase pré-processual, não remanesce qualquer dúvida de que os denunciadosJosé Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira, objetivando a compra de apoio político de outros Partidos Políticos e o financiamento futuro e pretérito (pagamento de dívidas) das suas próprias campanhas eleitorais associaram-se de forma estável e permanente aos denunciados (…) para o cometimento reiterado dos graves crimes descritos na presente denúncia (…)
5)
É certo que José Dirceu, então ocupante da importante Chefia da Casa Civil, em razão da força política e administrativa de que era detentor, competindo-lhe a decisão final sobre a indicação de cargos e funções estratégicas na administração pública federal, foi o principal articulador dessa engrenagem, garantindo-lhe a habitualidade e o sucesso. Sua atuação, na verdade, teve origem no período que presidiu o Partido dos Trabalhadores no curso da eleição presidencial de 2002 (…)
6)Roberto Jefferson, com o conhecimento de quem vendia apoio político à organização delitiva ora denunciada, em todos os depoimentos prestados, apontou José Dirceu como o criador do esquema do “mensalão”. (…) Roberto Jefferson afirmou que todas as tratativas sobre a composição política, indicação de cargos, mudança de partidos por parlamentares para compor a base aliada em troca de dinheiro e compra de apoio político foram tratadas diretamente com o ex Ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu. Tratavam, inclusive, sobre o “mensalão”, matéria que foi objeto de conversa entre ambos em cinco ou seis oportunidades (…)
7)
Com a base probatória colhida, pode-se afirmar que José Genoíno, até pelo cargo partidário ocupado, era o interlocutor político visível da organização criminosa, contando com o auxílio direto de Sílvio Pereira, cuja função primordial na quadrilha era tratar de cargos a serem ocupados no Governo Federal. Delúbio Soares, por sua vez, era o principal elo com as demais ramificações operacionais da quadrilha (Marcos Valério e Rural) repassando as decisões adotadas pelo núcleo central. Tudo sob as ordens do denunciado José Dirceu, que tinha o domínio funcional de todos os crimes perpetrados, caracterizando-se, em arremate, como o chefe do organograma delituoso (…)
8 )
Merece destaque, para o completo entendimento de todos os mecanismos de funcionamento do esquema, a relevância do papel desempenhado por José Dirceu no Governo Federal. De fato, conforme foi sistematicamente noticiado pela imprensa após o início do Governo atual, José Dirceu inegavelmente era a segunda pessoa mais poderosa do Estado brasileiro, estando abaixo apenas do Presidente da República. Assim, a atuação voluntária e consciente do ex Ministro José Dirceu no esquema garantiu às instituições financeiras, empresas privadas e terceiros envolvidos que nada lhes aconteceria, como de fato não aconteceu até a eclosão do escândalo, e também que seriam beneficiados pelo Governo Federal em assuntos de seu interesse econômico, como de fato ocorreu (…)
9)
Marcos Valério, diante das claras evidências no sentido de que Delúbio Soares não atuava sozinho no Partido dos Trabalhadores, pois não teria a autonomia necessária para estruturar operações do porte das investigadas nos autos, admitiu que o então Ministro José Dirceu,representando a cúpula do Partido dos Trabalhadores e como alto integrante do Governo Federal, estava ciente dos esquemas de repasse de dinheiro estabelecidos com Delúbio Soares, tendo garantido as operações (…)
10)
Toda a estrutura montada por José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira tinha entre seus objetivos angariar ilicitamente o apoio de outros partidos políticos para formar a base de sustentação do Governo Federal. Nesse sentido, eles ofereceram e, posteriormente, pagaram vultuosas quantias a diversos parlamentares federais, principalmente os dirigentes partidários para receber apoio político do Partido Progressista (PP), Partido Liberal (PL), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e parte do Partido do Movimento Democrático Brasileiro ─ PMDB (…)
11)
Para a execução dos pagamentos de propina, José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira valeram-se dos serviços criminosos prestados por Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias (…)
12)
Ao longo dos anos de 2003 e 2004, os denunciados Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antônio Lamas receberam aproximadamente dez milhões e oitocentos mil reais a título de propina. O acordo criminoso com os denunciados José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira foi acertado na época da campanha eleitoral para Presidência da República em 2002, quando o PL participou da chapa vencedora (…)
13)
José Dirceu,
 Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira, mediante pagamento de propina, adquiriram apoio político de Parlamentares Federais do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB. Os pagamentos foram viabilizados pelo núcleo publicitário-financeiro da organização criminosa. Os parlamentares federais que receberam vantagem indevida foram José Carlos Martinez (falecido), Roberto Jefferson e Romeu Queiroz. Todos contaram com o auxílio direto na prática dos crimes de corrupção passiva do denunciado Emerson Palmieri (…)
José Dirceu foi acusado de formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa. Somadas as penas previstas para cada delito, pode ser engaiolado por cinco a 27 anos.
( Lido no blog do Jornalista Augusto Nunes em veja.com.br )

Faltou um


Faltou um


José Sarney, Romero Jucá e Gim Argello combinam alguma coisa no Senado
O artigo 288 do Código Penal avisa: “associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes”, pode custar de um a três anos de reclusão.
Se Renan Calheiros tivesse chegado minutos antes, a conversa juntaria mais de três pessoas. E a foto não seria só uma foto. Seria uma prova.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

MPB4 - Amigo é para essas coisas

A Lista - Oswaldo Montenegro

Oswaldo Montenegro - Metade (com letra)

Balada para un loco - Astor Piazzolla e Amelita Baltar

Ministeriável de Dilma é acusado de pagar por apoio

Indicado pelo PSB para o ministério de Dilma Rousseff, Fernando Bezerra Coelho é acusado de ter orientado o pagamento de mesada a líderes de associações de bairros e a pelo menos um vereador de Petrolina (PE) quando era prefeito.
Bezerra Coelho é o mais cotado para ocupar a pasta da Integração Nacional, na cota do governador Eduardo Campos, de quem é secretário de Desenvolvimento. Foi prefeito de Petrolina por três mandatos, o último até 2006.
A acusação de pagamento de mesada é feita pelo empresário Paulo Lima, 39, um ex-aliado da família Coelho.
Ele contou que os pagamentos eram feitos por meio de sua empresa, Líder Construções, que reformou creches municipais nas gestões de Coelho.
Lima disse que cerca de R$ 50 mil saíram de sua empresa e de sua conta pessoal para pessoas previamente listadas pelo prefeito e por um secretário, sob a promessa de que os recursos e os impostos gerados pelas operações da Líder seriam cobertos pela prefeitura. O objetivo era a cooptação de apoio.
O buraco não foi coberto, e Lima acabou condenado pela Justiça Federal por dívidas de R$ 98 mil com o INSS. A pena foi convertida em prestação de serviços num lar de idosos, além de pagamento mensal de R$ 150.
Dois líderes de associações de moradores confirmaram  que passaram a receber recursos mensais do empreiteiro após terem recebido orientação de Coelho.
O empreiteiro controlava os pagamentos por meio de recibos datados e assinados pelos líderes comunitários.
Um deles, José Caldas de Santana, afirmou ter recebido ao todo R$ 2.800 entre maio e dezembro de 2006.
No recibo, Lima fez constar: "Autorizado por Fernando Bezerra Coelho".
"Eu fazia um trabalho para a comunidade. Como não tinha esse salário, porque a gente não tinha salário, era uma ajuda que ele [Lima] me dava", disse Santana.
Outro líder comunitário, Audeni Damasceno Maia, que atuava numa região pobre de Petrolina com cerca de 7.000 moradores, também reconheceu que os repasses eram feitos por Lima a pedido do prefeito. Recibos em seu nome demonstram pagamentos mensais em 2004.
"Eles fizeram um acordo no primeiro mandato, um acordo de um repasse. E Paulo repassava, mas acho que Paulo não teve um retorno. O acordo era com o Fernando."
Paulo Lima guardou também um bilhete com um recado escrito a mão e, ao lado, uma assinatura do prefeito Bezerra Coelho.
A caneta, alguém escreveu: "Paulo Lima, favor antender [sic] ao nosso amigo Ruy Wanderley em 12.000".
Lima disse que entregou em 2006 R$ 12 mil ao então vereador Ruy Wanderley, hoje filiado ao PSL, que tentou, sem sucesso, se eleger deputado estadual. Ele nega.
Em agosto, o empreiteiro prestou depoimento à Procuradoria da República de Petrolina nos mesmos termos que relatou . Ele disse ter feito o mesmo sistema de pagamento para outro prefeito, da vizinha Lagoa Grande.
COELHOLÂNDIA
A família de Fernando Bezerra Coelho dominou a política local por 50 anos seguidos, imprimindo seu nome em todo tipo de obra pública. Nesse período, a cidade foi administrada ou por um Coelho ou por um aliado.
Coelho, neto de um dos mais conhecidos coronéis do semiárido, Clementino Coelho, o "Coronel Quelé", começou na política no PDS (atual PP) e passou ainda por PMDB e PPS, além do PSB.
(Lido no blog folha.com.br)

Tom Cavalcante dará gravata comprada em Londres para Tiririca usar na posse

O humorista Tom Cavalcante dará uma gravata da Hermès, comprada na Harrods de Londres, para Tiririca usar na posse.
A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada naFolha desta sexta-feira (17). 
"Criaram esse monstro para ele e esqueceram de falar do cara centrado que é o Tiririca, do ser humano generoso e humilde que ele é", afirma Cavalcante.
"A gente lutou tanto pela democracia e quando uma pessoa do povo, mais simples, logra êxito, há uma reação contrária. Falaram demais. Ele nunca foi analfabeto. Lê normalmente, decora textos como ninguém", diz.

( Lido no folha.com.br)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Após 16 anos de mandato, Marina se despede do Senado

Após 16 anos de mandato, Marina Silva <BR>(PV-AC) se despede do Senado
Após 16 anos de mandato, a senadora Marina Silva (PV-AC) subiu nesta quinta-feira à tribuna para se despedir da Casa. Ao lembrar sua trajetória na política, ela afirmou que "perdeu ganhando" nas últimas eleições, quando disputou a Presidência.
Embora não tenha chegado ao segundo turno, Marina recebeu quase 20 milhões de votos. "Acho que de alguma forma, graças a Deus e ao povo brasileiro, perdi ganhando", disse.
"Não foi suficiente o esforço daqueles que tentam amedrontar a população brasileira, dizendo que somos meia dúzia de 'ecochatos' e que vamos travar o país", completou depois.
Marina dedicou boa parte de seu discurso para falar de sua relação com PT --fez mais críticas do que elogios ao partido no qual militou por cerca de 30 anos.
Marina ficou fora do Senado por um intervalo de cinco anos, quando foi ministra do Meio Ambiente, e saiu do governo por divergências. "A minha saída se deveu principalmente a essas questões de o PT não ter assumido o desafio da sustentabilidade econômica, social, ambiental, cultural, moral, ética e, principalmente, a sustentabilidade política", criticou.
Apesar disso, a senadora afirmou que "foi muito bom poder abraçar o presidente Lula" na cerimônia de balanço de governo, anteontem.
Durante a apresentação de Lula, na ocasião, Marina anotava dados rapidamente em seu caderno, o que rendeu até brincadeiras por parte presidente.
"Ontem, ouvi da boca do presidente Lula que, durante seus oito anos de governo, ele criou 24,6 milhões de hectares. Na minha gestão, foram 24 milhões. Os 600 mil hectares foram nos anos que sucederam minha gestão", alfinetou.
Ela disse que deixa a Casa com a frustração de não ter conseguido aprovar a Lei de Acesso aos Recursos da Biodiversidade, o primeiro projeto apresentado por ela.
Marina disse que quer liderar um movimento pela possibilidade de haver candidaturas avulsas, que englobariam "pessoas que não querem pertencer a partidos".
(LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA, lido no blog folha.com.br)

2010, adeus

Personalidade do ano. Paul, o polvo alemão que previu todos os resultados da Copa.
Troféu "vamos ver no que vai dar" do ano. Empate: Dilma Rousseff e Tiririca.
Lázaros do ano (ou "eu também estou louca de saudade, querido, mas antes vá tirar essa roupa e tomar um banho"). Os mineiros soterrados do Chile.
Troféu "ovo no fiofó da galinha" do ano. A discussão sobre o que fazer com os royalties do pré-sal antes que uma gota do petróleo tenha sido extraída.
Anticlímaxes do ano. A revelação de que o que diplomatas dizem e fazem em segredo não se parece nada com o que eles dizem e fazem em público e a revelação de que o Ricky Martin é gay.
Filme do ano. A tomada do Complexo do Alemão.
Argentinos do ano. Messi, Conca e Cristina Kirchner, que também concorreu ao prêmio de melhor viúva.
Maradona do ano. Maradona.
Melhor jogo que não houve do ano. Inter de Porto Alegre X Inter de Milão.
"Olé" do ano. Espanha campeã do mundo.
"O quê?!" do ano. O papa admite o uso de camisinha em ocasiões especiais.
Figura emblemática do ano, talvez do século. Lady Gaga.
E quando você pensava que o ano terminaria sem que a Justiça brasileira fizesse mais uma das suas... Ficha limpa para o Maluf.
Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo